Na manhã da última sexta-feira, 2 de junho, a Central de Custódia de São Luís, no Maranhão, foi palco de um tumulto protagonizado por Caio Lúcio Câmara dos Santos, conhecido como “CL”. O jovem, que se encontra sob custódia policial após ser acusado de assassinar o major da Polícia Militar do Maranhão, André Felipe, durante uma tentativa de assalto no bairro São Francisco, demonstrou comportamento agressivo que comprometeu a ordem na unidade prisional.
De acordo com o relatório da Central de Custódia e do Inquérito Policial, ao ser apresentado na Superintendência de Homicídios e Proteção à Pessoa (SHPP), Caio exibiu uma conduta desafiadora. Ele começou a gritar e a bater nas grades da cela, o que levou os agentes penitenciários a acionarem a direção do presídio para lidar com a situação que se tornava cada vez mais tensa.
Em meio ao tumulto, o detento fez ameaças diretas aos servidores, afirmando ter apoio de uma facção criminosa e insinuando que retaliaria policiais que atuam fora da prisão. Essa declaração não apenas aumentou a preocupação dos agentes, mas também ressaltou o risco de violência que permeia as interações entre facções criminosas e forças de segurança.
A situação se intensificou ainda mais no Setor de Identificação. Caio tentou agredir fisicamente o diretor da unidade, fazendo uma declaração alarmante: “Já matei um, e não vai valer nada matar outro”, referindo-se ao major André Felipe. Essa afirmação deixou claro o desprezo do acusado pela vida humana e a audácia em desafiar a autoridade dos policiais.
Diante da gravidade da situação, uma equipe de segurança foi mobilizada, e o protocolo de contenção foi ativado. Embora houvesse autorização para o uso progressivo da força, a equipe conseguiu controlar a situação sem a necessidade de confronto físico, demonstrando eficiência e profissionalismo na abordagem do caso.
Após a contenção do tumulto, o procedimento de identificação de Caio Lúcio foi concluído sem maiores intercorrências. No entanto, o episódio destaca a complexidade da segurança nas unidades prisionais e a constante ameaça que indivíduos envolvidos em atividades criminosas representam, não apenas para os agentes de segurança, mas também para a sociedade em geral.
As autoridades continuam a investigar as circunstâncias do assassinato do major André Felipe e a avaliar as implicações da atuação de facções criminosas em ações de violência que afetam tanto a segurança pública quanto a integridade das instituições.